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8 Treinos de Calistenia para Fazer em Casa ou na Praça, Sem Equipamento “Especial”

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Existe um momento — geralmente num domingo à noite ou numa segunda-feira que já começa tarde — em que a ideia de ir à academia parece menos um plano e mais um teste de caráter. Você pensa no trânsito, na lotação, na logística. E aí vem a pergunta que muda tudo: não dá pra fazer algo aqui mesmo?

Dá.

Calistenia é, no fundo, a arte de usar o próprio corpo como ferramenta. Ela funciona porque seu corpo, apesar de toda a tecnologia ao redor, ainda responde ao básico: agachar, empurrar, puxar, estabilizar, repetir. E quando você estrutura esses movimentos em treinos curtos e honestos, você ganha algo raro: consistência. O tipo de consistência que não depende de um lugar, de uma máquina, de um horário perfeito — só de você e de um espaço mínimo.

E aqui vai uma verdade meio libertadora: você não precisa de “equipamento especial”. Você precisa, no máximo, de coisas que já existem na sua casa ou na praça — uma parede, uma cadeira firme, uma escada, o chão. O que é especial, de verdade, é o hábito.

A seguir, você vai encontrar 8 treinos de calistenia para fazer em casa ou na praça, com zero ou quase zero equipamentos. Eles foram pensados para caber na vida real: treinos de 12 a 30 minutos, com variações para iniciantes e para quem já aguenta mais.

Antes dos treinos: 3 regras simples que fazem tudo funcionar

1) Faça um aquecimento curto (3–5 minutos)

Não é frescura. É o seu corpo entendendo o que vai acontecer.

Sugestão (30–40 segundos cada):

  • marcha no lugar + braços soltos
  • agachamento sem peso
  • inclinação de quadril (hinge) com mãos no quadril
  • prancha alta com toques leves no ombro (devagar)
  • mobilidade de tornozelo e quadril (o básico)

2) Use a escala “dá pra fazer mais 2”

Durante o treino, pare as séries quando você sentir que conseguiria fazer mais 1 ou 2 repetições boas. Isso dá resultado e evita o cenário “treinei hoje e sumi por 10 dias”.

3) Prefira movimentos limpos a movimentos heroicos

Calistenia recompensa quem treina com qualidade. O corpo aprende o padrão — e, quando aprende, fica mais forte.

Como escolher um treino (sem complicar)

  • Se você está começando: faça 2 a 3 treinos por semana (alternando).
  • Se você já treina há algum tempo: 3 a 5 vezes por semana, variando intensidade.
  • Se você quer um plano prático: faça Treino 1 + Treino 3 + Treino 5 na semana 1; depois Treino 2 + Treino 4 + Treino 6 na semana 2. Repita.

Agora, os treinos.

Treino 1 — “Fundação”: corpo inteiro, sem pressa (20–25 min)

Objetivo: construir base com movimentos clássicos.
Formato: circuito 3–4 voltas, descansando 45–75s entre voltas.

  1. Agachamento — 12 a 15 repetições
  2. Flexão inclinada (mãos na cadeira/sofá/parede) — 8 a 12
  3. Avanço reverso (lunge para trás) — 8 a 10 por perna
  4. Prancha — 20 a 40 segundos
  5. Ponte de glúteos — 12 a 15

Se estiver muito difícil: aumente a inclinação da flexão (mais fácil) e reduza a amplitude do lunge.
Se estiver fácil: faça o agachamento com descida lenta (3 segundos) e prenda 2 segundos na prancha.

Treino 2 — “Sem pular”: condicionado sem impacto (18–22 min)

Objetivo: melhorar fôlego e resistência sem agredir joelho/tornozelo.
Formato: 40s de trabalho / 20s de descanso, 3 voltas.

  1. Marcha alta (joelho alto com controle)
  2. Agachamento + elevação de panturrilha
  3. Mountain climber lento (sem correria, mantendo o tronco firme)
  4. Good morning (hinge com mãos no quadril)
  5. Prancha lateral (20s cada lado, dentro dos 40s)

Dica “de gente”: esse treino parece simples até você fazer com controle. Ele funciona porque você não “trapaceia” com velocidade.

Treino 3 — “Glúteo e perna”: o treino que melhora até sua escada (20–28 min)

Objetivo: fortalecer pernas e glúteos com volume inteligente.
Formato: 3 séries por exercício, descanso 60–90s.

  1. Agachamento — 10 a 15
  2. Afundo búlgaro (pé de trás numa cadeira) — 6 a 10 por perna
  3. Ponte de glúteos unilateral — 8 a 12 por perna
  4. Panturrilha (em degrau, se tiver) — 12 a 20
  5. Wall sit (sentar na parede) — 30 a 60s

Iniciante: faça o afundo búlgaro sem cadeira (lunge estático).
Intermediário: desça lento e pause 1 segundo no fundo.

Treino 4 — “Peito, ombro e braço”: sem peso, mas com respeito (15–22 min)

Objetivo: fortalecer empurrar (push) e estabilizar ombros.
Formato: circuito 3 voltas.

  1. Flexão inclinada — 8 a 12
  2. Flexão com joelhos (se for bem feita) ou flexão normal — 6 a 10
  3. Pike push-up (flexão “em V” para ombros) — 6 a 10
  4. Prancha alta com toques no ombro — 20 a 30 toques alternados
  5. Tríceps no banco/cadeira (com cuidado) — 8 a 12

Alerta amigável: se “tríceps no banco” incomodar o ombro, troque por flexão fechada (mãos um pouco mais próximas) ou mantenha mais incline push-ups.

Treino 5 — “Core de verdade”: o tipo de abdômen que protege (12–18 min)

Objetivo: estabilidade (não é só queimar abdômen).
Formato: 3 voltas, 30–45s por exercício.

  1. Dead bug (alternando braço e perna)
  2. Prancha
  3. Prancha lateral (direita)
  4. Prancha lateral (esquerda)
  5. Bird dog (quatro apoios, estende e segura)

Se quiser intensificar: faça tudo mais lento, com pausas de 2 segundos em cada extensão. Core gosta de controle.

Treino 6 — “Praça”: usando o que existe (barra opcional, mas não obrigatória) (20–30 min)

Objetivo: um treino “de rua” com banco, degrau e barra se tiver — mas sem depender dela.
Formato: 3 voltas.

  1. Step-up no banco — 10 por perna
  2. Flexão (no chão ou no banco) — 8 a 15
  3. Remada invertida (se houver barra baixa/estrutura segura) — 6 a 12
    • Se não houver: isometria de puxada com toalha presa em algo estável (ou pule e compense com mais trabalho de ombro e escápula)
  4. Agachamento com pausa (2 segundos no fundo) — 8 a 12
  5. Farmer carry improvisado (se tiver mochila com livros) — 30–60s andando

Observação importante: não faça “gambiarras perigosas” em barra/porta. Segurança antes do orgulho.

Treino 7 — “HIIT calistênico” (com opção sem salto) (14–20 min)

Objetivo: intensidade curta e eficiente.
Formato: 20s forte / 10s leve (ou descanso), 8 rounds por bloco. 2 blocos.

Bloco A (8 rounds):

  • Agachamento rápido (ou agachamento com salto se você já está preparado)

Descanso 1 minuto.

Bloco B (8 rounds):

  • Mountain climber (rápido, mas mantendo tronco firme)
    • Versão sem impacto: “marching climber” (alternando devagar e forte)

Finalize (opcional, 2 min):

  • Prancha 30s + ponte de glúteos 30s (2x)

Dica: intensidade não é bagunça. Se a forma desmorona, a intensidade virou pressa.

Treino 8 — “Mobilidade + força”: para dias em que você precisa de um treino que te devolve (18–25 min)

Objetivo: fortalecer sem moer o corpo; ótimo para “dia seguinte” ou semana estressante.
Formato: 2–3 voltas, respirando com calma.

  1. Agachamento lento (3s descendo) — 8 a 12
  2. Hinge (good morning) — 10 a 12
  3. Flexão inclinada com pausa — 6 a 10
  4. Ponte de glúteos com pausa — 10 a 12
  5. Dead bug — 6 a 8 por lado
  6. Alongamento ativo: 30s por lado (quadril + posterior)

Esse treino é o tipo de coisa que parece “leve”, mas melhora sua qualidade de movimento — e isso, no longo prazo, é um diferencial enorme.

Como progredir sem equipamento (o segredo é simples)

Quando o treino ficar fácil, você não precisa inventar acrobacia. Use estas alavancas:

  1. Mais reps (de 8 para 12, por exemplo)
  2. Mais voltas (de 2 para 3)
  3. Menos descanso (de 60s para 45s)
  4. Mais tempo sob tensão (descer devagar, pausar no fundo)
  5. Variação mais difícil (incline push-up → push-up no chão; agachamento → unilateral)

E a progressão mais subestimada: manter a forma impecável quando está cansado. Isso é força.

Um modelo semanal pronto (para você não pensar demais)

Semana (3 dias):

  • Dia 1: Treino 1 (Fundação)
  • Dia 2: Treino 3 (Pernas/Glúteos)
  • Dia 3: Treino 4 (Empurrar) + Treino 5 (Core curto)

Se quiser 4 dias:

  • Adicione Treino 2 (Sem pular) como um dia de condicionamento.

Se quiser 5 dias:

  • Adicione Treino 8 (Mobilidade + força) como “treino de recuperação”.

O final honesto: calistenia é sobre repetição, não espetáculo

A promessa mais valiosa da calistenia não é virar alguém que faz movimentos impressionantes. É virar alguém que treina com regularidade, se sente mais forte, mais disposto, menos quebrado.

Treinar em casa ou na praça tira a desculpa mais comum — “não deu tempo de ir” — e coloca outra coisa no lugar: um tipo de autonomia que, com o tempo, vira identidade. Você vira a pessoa que faz. Mesmo quando a semana está caótica.

E isso, no fim, é o que muda o corpo: não o treino perfeito, mas o treino possível, repetido.

Qual treino de calistenia você prefere?
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