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10 Exercícios para Costas e Postura que Fazem Diferença

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A postura virou um assunto meio injusto.

De um lado, ela é tratada como estética — como se fosse apenas “parecer mais alto” ou “ficar mais elegante” em fotos. Do outro, ela aparece como moral: sente direito, endireita as costas, como se a coluna fosse um projeto de disciplina. A vida real, porém, é mais simples e mais honesta: a postura é, na maior parte do tempo, um reflexo do que seu corpo consegue sustentar.

Se você passa o dia sentado, com o braço esticado para um notebook, alternando reuniões e mensagens, seu corpo aprende um jeito econômico de existir: ombros para frente, cabeça projetada, coluna torácica rígida, glúteos adormecidos, pescoço trabalhando demais. Não é falta de caráter. É adaptação.

A boa notícia é que dá para mudar. Não com uma ordem (“sente reto!”), mas com um conjunto de força, mobilidade e controle que devolve ao corpo opções melhores. E quando isso acontece, a diferença aparece em coisas pequenas: você levanta do sofá sem a sensação de travar, você respira melhor, seus ombros parecem “cabem” no lugar, a dor que era “normal” começa a ficar menos frequente.

A seguir, você vai encontrar 10 exercícios para costas e postura que realmente fazem diferença — alguns de academia, outros de casa — e que atacam os principais pontos: escápulas (ombros), coluna torácica, core, glúteos e cadeia posterior. Para cada exercício, eu explico o objetivo, o jeito de fazer, e o erro comum que mais atrapalha.

Um aviso útil: postura não é uma pose, é uma capacidade

Você não “conserta” postura segurando o peito aberto por 30 segundos e depois voltando ao padrão. O corpo volta para o que é fácil. Postura melhora quando:

  • suas costas e escápulas ficam fortes o suficiente para sustentar os ombros
  • seu core estabiliza sem tensão excessiva
  • seu quadril e glúteos participam (para a lombar não fazer tudo)
  • sua coluna torácica volta a se mover

Pense nisso como atualizar o sistema operacional: não é uma foto, é um funcionamento.Os 10 exercícios

1) Remada (cabo, máquina ou halter) — o “pilar” das costas

Por que faz diferença: remada fortalece o meio das costas e ensina a escápula a se mover bem: retrair e estabilizar. É o contraponto perfeito para o tempo que você passa “abraçando” o computador.

Como fazer (versão no cabo):

  • Sente com tronco alto, peito levemente aberto
  • Puxe a alça em direção ao umbigo/parte baixa do peito
  • Volte devagar, sem desabar o ombro para frente

Cues úteis:

  • “Cotovelos para trás, como se fossem bolsos”
  • “Ombros longe das orelhas”
  • “Volta controlando, não solta”

Erro comum: balançar o tronco e transformar em impulso.

2) Face pull (cabo) — o exercício que salva ombros

Por que faz diferença: melhora equilíbrio do ombro, fortalece parte posterior (deltoide posterior, trapézio médio/baixo) e ajuda a reduzir aquela sensação de ombros “caindo para frente”.

Como fazer:

  • Cabo na altura do rosto
  • Puxe em direção ao rosto, abrindo as mãos para fora
  • Termine com cotovelos altos e escápulas controladas

Cues:

  • “Mãos vão para as orelhas”
  • “Peito aberto sem arquear a lombar”
  • “Movimento limpo, sem pressa”

Erro comum: puxar para baixo como se fosse uma remada qualquer (perde o alvo).

3) Pull-down (puxada na barra) — costas largas e ombros mais estáveis

Por que faz diferença: fortalece dorsais e ensina o ombro a “assentar” melhor, especialmente para quem sente tensão no pescoço.

Como fazer:

  • Pegada um pouco mais aberta que os ombros
  • Puxe a barra para a parte alta do peito
  • Suba com controle, sem encolher os ombros

Cues:

  • “Cotovelos descem, não as mãos”
  • “Peito alto”
  • “Ombros para baixo”

Erro comum: puxar atrás da cabeça (desnecessário e ruim para muitos ombros).

4) Superman controlado (ou extensão torácica no chão) — com moderação

Por que faz diferença: ativa extensores da coluna e melhora consciência corporal. Mas precisa ser feito com cuidado para não virar “lombar em festa”.

Como fazer (versão segura):

  • Deite de barriga para baixo
  • Levante só o peito um pouco, mantendo pescoço neutro
  • Segure 2 segundos e desça

Cues:

  • “Cresce a cabeça para frente”
  • “Movimento pequeno e controlado”
  • “Respira”

Erro comum: hiperestender a lombar e forçar o pescoço.

5) Alongamento ativo de peitoral na parede (mobilidade que muda o jogo)

Por que faz diferença: o peitoral encurtado puxa o ombro para frente. Abrir o peito não resolve sozinho, mas ajuda o corpo a aceitar um alinhamento melhor.

Como fazer:

  • Antebraço na parede, cotovelo a 90°
  • Gire o corpo levemente para abrir o peito
  • Segure 20–40 segundos sem dor

Cues:

  • “Sem forçar. É abertura, não agressão.”
  • Respiração lenta

Erro comum: “forçar até doer” e inflamar o ombro.

6) Prancha (bem feita) — postura é core, não só coluna

Por que faz diferença: uma prancha boa ensina seu tronco a sustentar sem colapsar. Isso tira carga da lombar e reduz compensações.

Como fazer:

  • Antebraços no chão, cotovelos abaixo do ombro
  • Corpo em linha reta
  • Contraia glúteos e mantenha costelas “fechadas”

Cues:

  • “Aperta glúteo”
  • “Costelas para baixo”
  • “Respira mesmo assim”

Erro comum: segurar muito tempo com forma ruim. Melhor 20–30 segundos impecáveis do que 2 minutos tortos.

7) Bird dog — estabilidade que conversa com sua coluna

Por que faz diferença: treina coordenação e estabilidade de core em movimento — um dos melhores jeitos de “proteger a lombar” enquanto o corpo se move.

Como fazer:

  • Quatro apoios
  • Estenda braço direito e perna esquerda
  • Segure 2 segundos, volte, alterna

Cues:

  • “Quadril quieto”
  • “Não gira o tronco”
  • “Movimento lento”

Erro comum: abrir demais o quadril e virar um alongamento descontrolado.

8) Ponte de glúteos — o exercício que “acorda” o quadril

Por que faz diferença: glúteos fracos fazem a lombar trabalhar em excesso. A ponte devolve o protagonismo ao quadril.

Como fazer:

  • Deite, joelhos dobrados, pés no chão
  • Suba o quadril, aperta glúteo
  • Segura 1–2 segundos e desce

Cues:

  • “Ribs down, glúteo up”
  • “Empurra com o calcanhar”
  • “Não exagera no arco”

Erro comum: subir com a lombar e sentir mais costas do que glúteo.

9) Scapular push-up (flexão de escápula) — ombro saudável é ombro que sabe se mover

Por que faz diferença: fortalece serrátil anterior e melhora controle escapular — essencial para “ombro no lugar” e postura mais natural.

Como fazer:

  • Em prancha alta (ou na parede para iniciantes)
  • Braços estendidos
  • Deixe o peito “afundar” um pouco e depois empurre o chão, arredondando levemente parte alta

Cues:

  • “Sem dobrar cotovelo”
  • “Movimento pequeno”
  • “Ombro longe da orelha”

Erro comum: transformar em flexão normal.

10) Dead bug — o core que melhora postura sem forçar a lombar

Por que faz diferença: ensina seu abdômen a estabilizar enquanto braços e pernas se movem. É o tipo de força “invisível” que muda sua lombar.

Como fazer:

  • Deite de barriga para cima
  • Braços para cima, joelhos a 90°
  • Estenda uma perna e o braço oposto lentamente
  • Volte e alterna

Cues:

  • “Lombar colada no chão”
  • “Exala quando estende”
  • “Vai devagar”

Erro comum: perder o controle e arquear a lombar.

Como transformar isso em rotina (sem complicar)

Você não precisa fazer os 10 exercícios no mesmo dia. O segredo é repetição inteligente. Aqui vai um plano simples:

Rotina 3x por semana (20–30 min)

Dia A (costas + core)

  • Remada — 3x 10–12
  • Face pull — 3x 12–15
  • Pull-down — 3x 8–12
  • Dead bug — 3x 6–8 por lado
  • Alongamento de peitoral — 2x 30s

Dia B (mobilidade + estabilidade)

  • Bird dog — 3x 6–8 por lado
  • Prancha — 3x 20–40s
  • Ponte de glúteos — 3x 12–15
  • Scapular push-up — 3x 10–15
  • Extensão torácica controlada (superman pequeno) — 2x 8–10

Dia C (repetição do que você mais precisa)

  • Escolha 5 exercícios entre os 10, priorizando:
    • remada + face pull (ombros)
    • ponte + dead bug (lombar)
    • alongamento peitoral (tórax/ombro)

Duas ideias que aceleram resultados (sem drama)

1) Micro-pausas de postura (2 minutos ao dia)

Postura melhora muito quando você dá ao corpo “lembranças” frequentes.

Duas opções rápidas:

  • 10 scapular push-ups na parede + 30s alongamento de peitoral
  • 1 minuto de ponte de glúteos + 1 minuto de dead bug

É pouco, mas é recorrente — e recorrência é uma forma de poder.

2) Troque “endireita a coluna” por “abre espaço no peito”

Muita gente tenta corrigir postura arquando a lombar. Isso geralmente piora.
Pense em:

  • crescer pelo topo da cabeça
  • abrir espaço na frente do peito
  • “ombros pesados”, longe das orelhas

É mais suave — e mais sustentável.

O que esperar (de um jeito honesto)

Em 1–2 semanas: você percebe mais consciência corporal e menos rigidez ao longo do dia.
Em 4–6 semanas: costas mais fortes, ombros mais estáveis, melhora na sensação de “estar ereto sem esforço”.
Em 8–12 semanas: a postura muda sem você precisar “posar”.

E isso é o melhor cenário: quando seu corpo escolhe uma postura melhor porque ela ficou fácil — não porque você está se policiando o dia inteiro.

O final realista: postura boa é aquela que você consegue sustentar

A melhor postura do mundo é inútil se ela exige tensão constante. A meta não é parecer um soldado. A meta é ter um corpo que aguenta sua rotina sem reclamar o tempo todo.

Esses 10 exercícios não são mágicos. Eles são consistentes. E, na maioria das vezes, é disso que o corpo precisa: força nas costas, controle nas escápulas, um core que estabiliza, glúteos que participam, e um peito que não vive encurtado.

Você não precisa “consertar” seu corpo. Você só precisa dar a ele recursos melhores.

Qual é o maior desafio para melhorar a postura?
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